Baitolagem
Lembrei de uma que aconteceu outro dia.
Na quadra de casa, resolvi caminhar de mãos dadas com meu namorado. Do nada, aparece um cara com um jipe e grita "Porra, tudo bem ser viado, mas andar de mãozinha dada já é demais!".
Minha bipolaridade me partiu ao meio naquele momento: Metade minha pensou "Cacete, que lindo, esse não se preocupa com o que eu faço com meu reto! Só com minha mão. Um intolerante de vanguarda! Já pensou se um dia ele descobre o que é fisting?"
A outra parte pensou "Puta que pariu, a gente nunca vai viver num mundo onde dê pra sair na rua de mãos dadas sem levar uma dessas? Onde que uma mão dada consegue ofender a ponto de fazer alguém parar o carro no meio da rua pra gritar isso pra um indivíduo?"
A parte revoltada ganhou. Fiquei putíssimo. Pensando em me candidatar a vereador pra combater a homofobia. O grito do cara mexeu comigo profundamente, nos segundos seguintes ao incidente.
O meu estado de choque só passou quando meu namorado berrou "TOMAR NO CU, SEU FIADAPUTA!" pro cara.
Aí a paz voltou a reinar. Acabou minha carreira política.
--
Que nem a vez que uma menina me disse que um gay poderia ser curado com psicoterapia e oração. Não acho psicoterapia sugerível nesses casos, porque é o tipo de coisa que demora demais.
Sou mais a favor de encaminhar a pessoa com urgência para um hospital, de ambulância e tudo, pra fazer um implante de Bíblia e ficar com Deus no coração.
Aí você anda de mãos dadas com Jesus. Figurativamente, pra não virar boiolagem.
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Fiquei em dúvida na hora de escrever a frase anterior: não sabia se escrevia "boiolagem" ou "baitolagem". "Baitola" soa mais ofensivo, mas "baitolagem" parece ser mais científico pra descrever o comportamento. "Boiolagem" está para "baitolagem" assim como "homoafetividade" está pra "homossexualidade".
Fica boiolagem na frase, baitolagem no título. Já a viadagem fica na alma, irmãos.
Na quadra de casa, resolvi caminhar de mãos dadas com meu namorado. Do nada, aparece um cara com um jipe e grita "Porra, tudo bem ser viado, mas andar de mãozinha dada já é demais!".
Minha bipolaridade me partiu ao meio naquele momento: Metade minha pensou "Cacete, que lindo, esse não se preocupa com o que eu faço com meu reto! Só com minha mão. Um intolerante de vanguarda! Já pensou se um dia ele descobre o que é fisting?"
A outra parte pensou "Puta que pariu, a gente nunca vai viver num mundo onde dê pra sair na rua de mãos dadas sem levar uma dessas? Onde que uma mão dada consegue ofender a ponto de fazer alguém parar o carro no meio da rua pra gritar isso pra um indivíduo?"
A parte revoltada ganhou. Fiquei putíssimo. Pensando em me candidatar a vereador pra combater a homofobia. O grito do cara mexeu comigo profundamente, nos segundos seguintes ao incidente.
O meu estado de choque só passou quando meu namorado berrou "TOMAR NO CU, SEU FIADAPUTA!" pro cara.
Aí a paz voltou a reinar. Acabou minha carreira política.
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Que nem a vez que uma menina me disse que um gay poderia ser curado com psicoterapia e oração. Não acho psicoterapia sugerível nesses casos, porque é o tipo de coisa que demora demais.
Sou mais a favor de encaminhar a pessoa com urgência para um hospital, de ambulância e tudo, pra fazer um implante de Bíblia e ficar com Deus no coração.
Aí você anda de mãos dadas com Jesus. Figurativamente, pra não virar boiolagem.
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Fiquei em dúvida na hora de escrever a frase anterior: não sabia se escrevia "boiolagem" ou "baitolagem". "Baitola" soa mais ofensivo, mas "baitolagem" parece ser mais científico pra descrever o comportamento. "Boiolagem" está para "baitolagem" assim como "homoafetividade" está pra "homossexualidade".
Fica boiolagem na frase, baitolagem no título. Já a viadagem fica na alma, irmãos.
Haha, deve ter sido uma cena ahsuahsuhsausa
ResponderExcluirE confessor que precisei procurar o significado de "fisting" hushsuahsuashuasa
É da natureza humana temer o desconhecido, o homem de alguma forma não entende a experiência homossexual, e na mente dele isso causa grande desconforto.
Um conselho, tolerar tal iniciativa agressiva por parte do homem talves te ajude a entender o estado psicológico dele e algum dia você possa ajudar ele com isso, quem sabe ele sente o desejo de ser gay e têm medo disso. Seria isso que eu faria.
Essas pessoas que não respeitam os outros!
ResponderExcluirLembro-me que meus avos contavam que na época deles era díficil de se ver um casal (homem e mulher) de mãos dadas. Hoje é natural vermos casais se agarrando em qualquer lugar na rua. Na época isso era o "fim do mundo", hoje é "normal".
Creio que os homossexuais e os bissexuais vão ganhar espaço com o tempo, não podemos desistir!
Já ouvi falar no que não era normal (homem e mulher). Logo, logo vamos vivenciar o que não é "normal" (homem com homem) e (mulher com mulher).
Afinal, o amor é sempre bem vindo, lindo. Só os que amam podem explicar, independente da situação.
Agora, um dia essas ofensas vão acabar:
1º) Temos leis que defendem os homossexuais;
2º) Só o homossexualismo e o bissexualismo não são normais?
3º) Está para nascer quem me convensa que só o homossexualismo está "errado" no século XXI.
Não são palaras sábias, mas um ponto de vista de quem vê uma sociedade decadente, que encherga as pessoas apenas pela orientação sexual e se esquecem de que isso é apenas um detalhe.
Flavio, invejei teu namorado!!
ResponderExcluirEu só fico puto por pensar que daqui alguns anos, talvez esse nosso jeito de viver seja bem normal... e que agora, tenhamos que pagar o pato...