Baixando a Bolinha



Sempre achei que essa história de ter azar antes do aniversário fosse invenção da indústria da vela pra gente ficar feliz de fazer anos depois de velho, mas dessa vez eu dou o braço a torcer: inferno astral existe.

Meu aniversário é hoje, e de ontem pra cá passei um bom tempo no hospital tentando achar motivo pra uma dor estranha no abdômen que não passava há dias.

Exame vai, exame vem, finalmente bateram o martelo no meu testículo. Ele estava muito maior do que deveria estar, por conta de uma infecção. 

Fiquei boladíssimo.

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Doeu bastante. Sem querer ser hiperbólico, quase botei um ovo.

Estranhei que a dor tenha começado no abdômen, e não no saco. A explicação do médico é que ali é tudo meio embolado mesmo.

Esse ano tá tão pesado que chocou até o meu ovo. Eu devia ter imaginado que alguma coisa ia acontecer, mas como? 

Eu não tenho bola de cristal.

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Vai ficar tudo bem, estou tomando antibiótico e em alguns dias tudo deve voltar ao normal. 

Mas isso tinha que acontecer bem no meu aniversário? Eu sei que falei que queria um bolão na minha festa, mas era aumentativo de bolo, não bola.

Nos próximos dias, vou ter que rebolar pra conviver com essa batata inglesa que brotou na minha terra improdutiva.

Logo, logo, estarei renovado.

(entenderam? ovado?)

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Peço desculpas a quem me segue querendo ler textos sobre psicologia, mas essa semana eu não consegui bolar um. Faltou saco.

Antes que vocês também fiquem de saco cheio, eu vou terminar esse texto. Obrigado a quem me mandou feliz aniversário e a quem me desejou melhoras. 

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